Emaranhado
Parada em desconcerto
no concreto buraco
Aperto.
Encontro aqui mesmo
o sino que martela minha deriva.
La fora chovem prédios ruidosos
e vejo, no último andar de um arranha-céu,
Um homem trabalhando.
A possibilidade da queda me alucina.
Tento parar de balançar,
Badaladas me agitam.
O emaranhado me acerta,
-embaça
-disfarça
me coloco no espaço
e não junto.
Vejo os peixes se debatendo na rede.
Há vida na vida que esperneia.
Nas ondas, transbordam esse emaranhado
de luz e sombras.
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